São Paulo, a capital do estado homônimo, comemora 469 anos em 25 de janeiro de 2023. Sua fundação remonta a 1554, quando padres jesuítas construíram um colégio para catequizar e alfabetizar os indígenas. Esse colégio, localizado no centro da cidade, foi o ponto inicial para o desenvolvimento urbano da região.

Hoje, São Paulo ocupa mais de um milhão e meio de quilômetros quadrados e abriga aproximadamente 12,3 milhões de pessoas, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esses números consolidam a cidade como a maior metrópole do Brasil.

Abaixo, algumas curiosidades sobre a capital paulista:

São Paulo: A maior cidade da América Latina
Além de ser a cidade mais populosa do Brasil, São Paulo também é uma das maiores da América Latina em população, seguida pela Cidade do México, com cerca de 9,2 milhões de habitantes.

Capital designada após mais de um século de fundação
A cidade só se tornou capital 127 anos depois de fundada. Segundo a Câmara Municipal de São Paulo, em 1681, a então Vila de São Paulo foi elevada a capital da Capitania de São Vicente, substituindo a cidade de São Vicente, no litoral.

Centro cultural e gastronômico
São Paulo possui cerca de 294 salas de teatro (dados de 2017) e 350 salas de cinema (dados de 2022). Em relação aos museus, é a quinta cidade do mundo com o maior número, com 111 instituições, ficando atrás apenas de Londres, Berlim, Paris e Nova York. A diversidade culinária também é notável, com mais de 23 mil restaurantes representando várias culturas e a gastronomia brasileira.

Ponto de encontro de imigrantes
Entre os 12 milhões de habitantes, estima-se que 360 mil sejam estrangeiros, incluindo bolivianos, haitianos, italianos, japoneses e coreanos. Bairros como o Brás, a Mooca e o Belenzinho são conhecidos pela forte influência italiana, enquanto a Liberdade é famosa pela grande comunidade japonesa.

Resultados reais de mulheres reais

Maior PIB municipal do Brasil
O PIB de São Paulo ultrapassa os R$ 700 bilhões (2020), representando 9% da economia nacional.

A paixão pela pizza
São Paulo é a segunda cidade que mais consome pizza no mundo, atrás apenas de Nova York. Em todo o estado, são consumidas 572 mil pizzas por ano, e os sabores mais populares são mussarela, calabresa, portuguesa, frango com catupiry e marguerita.

Um rinoceronte como vereador
Em 1959, uma rinoceronte fêmea chamada Cacareco foi “eleita” para a Câmara Municipal como um protesto dos eleitores contra os políticos, recebendo quase 100 mil votos.

População de ratos supera a humana
Segundo o Centro de Controle de Zoonoses, a população de ratos é cerca de 15 vezes maior que a de pessoas, o que resulta em aproximadamente 160 milhões de roedores.

Presença indígena
A cidade também abriga aldeias indígenas, como Jaraguá, Barragem, Krukutu e Tenondé Porã, localizadas nas zonas sul e oeste, abrangendo partes da Grande São Paulo.

Maior cemitério da América Latina
O Cemitério da Vila Formosa, na zona leste, é o maior da América Latina, com 763 mil metros quadrados e mais de 1,5 milhão de sepultamentos realizados desde 1949.

São Paulo é, portanto, um lugar marcado por diversidade, histórias e curiosidades, refletindo sua grandeza e complexidade.

Curiosidades da Gastronomia Paulistana

A gastronomia de São Paulo é um dos seus maiores atrativos, marcada pela diversidade e pela influência multicultural. Muitos dos pratos consumidos diariamente são adaptações de receitas estrangeiras que, com o tempo, ganharam características locais.

Poucos sabem, mas delícias como coxinha, panetone, sanduíche de mortadela, bauru e a famosa sopa do Ceagesp são pratos que nasceram em São Paulo e conquistaram o Brasil. Confira a seguir a história por trás desses cinco pratos icônicos da capital paulistana!

Sanduíche de Mortadela
Esse lanche icônico do Mercadão surgiu em 1933 no “Bar do Mané.” Na década de 1970, um cliente reclamou que seu sanduíche tinha pouca mortadela. Para agradar, o dono encheu o lanche com mais recheio. Outro cliente, vendo a novidade, pediu o mesmo, e assim nasceu o famoso sanduíche. A iguaria se popularizou tanto que, em 1979, foi destaque em uma matéria do jornal “O Estado de S. Paulo”. Mais tarde, ele ganhou ainda mais fama ao aparecer na novela “A Próxima Vítima”.

Coxinha
Uma das versões sobre a origem da coxinha aponta para a São Paulo industrial dos anos 1950, quando vendedores atendiam a demanda dos trabalhadores nas fábricas. Na época, coxas de galinha eram o petisco mais popular, mas estragavam rapidamente. A solução foi desfiar o frango e envolvê-lo numa massa, criando o formato da coxinha como conhecemos hoje, o que garantiu sua popularidade em todo o Brasil.

Panetone
Embora o panetone seja originário da Itália, foi em São Paulo que ele se consolidou no Brasil. Em 1948, o imigrante Carlo Bauducco percebeu a demanda na cidade e, em 1950, começou a produzir panetones artesanais. Como estratégia de marketing, Bauducco espalhou panfletos pela cidade, vendendo todo o estoque em poucos dias. Sua receita de bolo com frutas cristalizadas se tornou presença garantida nas mesas das famílias brasileiras.

Bauru
Esse clássico paulistano surgiu no Ponto Chic, um tradicional bar da cidade, por sugestão de Casimiro Pinto Neto, estudante de direito. Ele pediu que fizessem um lanche com pão francês, queijo derretido, roast beef e tomate. Ao provar, um amigo de Casimiro pediu “um desses do Bauru” – referência à cidade natal do estudante. Assim, o lanche ganhou o nome e se consolidou como um ícone paulistano.

Sopa do Ceagesp
A famosa sopa do Ceagesp nasceu entre os anos 1960 e 1970 para alimentar trabalhadores e clientes que frequentavam o entreposto de madrugada, quando São Paulo ainda carecia de opções de refeição noturna. A sopa de cebola foi a primeira receita a se popularizar e, após o fechamento do restaurante nos anos 80, voltou em 2009 com o Festival de Sopas, um sucesso até hoje.

Ponto de Encontro para Estudantes e Caminhoneiros
Entre 1967 e 1968, o Ceasa (atual Ceagesp) tornou-se um ponto de encontro para estudantes e caminhoneiros, além de personalidades da política nacional que se reuniam no CRUSP, da Universidade de São Paulo. Nessas madrugadas, eles buscavam a famosa sopa, transformando o entreposto em um verdadeiro centro de convivência e discussão política.

Esses pratos e suas histórias refletem a riqueza cultural da gastronomia paulistana, que une tradição e inovação, fazendo de São Paulo uma cidade repleta de sabores e memórias.

Encerrando, podemos dizer que São Paulo é muito mais que uma metrópole – é um verdadeiro mosaico de culturas, sabores e histórias que moldam sua identidade única. Cada prato e cada esquina contam um pedaço dessa trajetória vibrante, reforçando o espírito acolhedor e inovador de uma cidade em constante movimento. Que continuemos celebrando São Paulo, uma cidade que não só abraça a diversidade como a transforma em inspiração.

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